Vamos e venhamos, nem toda esposa aceita que seu marido decida por telefone uma compra para a firma na hora da intimidade. Quem não tira a cabeça do escritório, pode perder o coração da esposa e dos filhos. E não adianta dizer que faz isso por eles. Não faz. E se o faz está fazendo errado.
Ninguém lê um livro com o nariz em cima das letras; nem mesmo o deficiente visual, que prefere uma lupa. Há que haver uma saudável distância, se pretendemos ler um livro, uma firma, ou nossa própria família. Nem perto e agarrado demais, nem distante demais. Têm razão as esposas que reclamam do marido que ouve sem ouvir e que, de tanto pensar no que faz lá fora pela família, esquece o que fazer em casa pela mulher e pelos filhos.
É impressionante o número dos políticos e artistas em segundas ou terceiras uniões. São pessoas boas, de fino trato e de sucesso. Não terá sido a distancia, mal calculada por conta da profissão que gerou os conflitos que terminaram em divórcio?
Há profissões que mais separam do que unem. Se a pessoa não souber por a família em primeiro lugar perderá a família. É que, se lá fora a competição é dura, em casa também é. Os filhos e o cônjuge que fica mais tempo em casa costumam competir com a empresa e a carreira. Um dos dois empreendimentos se perderá. Quando a escolha se torna difícil demais é sinal que a família está mal avaliada.
Alienar-se no mal sentido é péssimo. No bom sentido é salutar. Procure ajuda se não está sabendo achar tempo para a pessoa a quem você declarou amor eterno. Se ela não vier primeiro, o resto, se viver, virá para ferir.
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