sexta-feira, 27 de julho de 2012

O fim do ciúme

O ciúme é, de fato, algo que acontece. Entretanto, se não houver o esforço para a mudança, ele poderá se tornar ameaçador para os casais.

Um relacionamento não se constrói apenas de momentos de carinhos, beijos e abraços, mas também de esforço e ajuda mútua para resolvermos os pequenos impasses pertinentes ao convívio. Quando nos dispomos a viver com outra pessoa uma experiência de vida comum, a dinâmica do convívio nos permite influenciar e ser influenciado em nossos comportamentos. Por não sermos perfeitos, certamente, muitos ajustes precisarão acontecer dentro da vida a dois. Entre algumas dessas necessidades está a ajuda para o controle do ciúme.

Há algum tempo, escrevi sobre o ciúme como o veneno dos relacionamentos. Continuando a partir dessa reflexão, podemos, também considerá-lo como um bolo de sentimentos, o qual, quase sempre, esconde situações que nos conduzem à atitude de medo, insegurança e, muitas vezes, de um pavor em imaginar-se sendo passado para trás por alguém. Com isso, reproduzimos, dentro do relacionamento, atitudes características de nossa baixa auto-estima ou das más experiências vividas nos relacionamentos anteriores.

Percebemos que o ciúme é, de fato, algo que acontece. Entretanto, se não houver o esforço para a mudança, ele poderá se tornar ameaçador para os casais.
O ciúme, quase sempre, tem origem do resultado daquilo que conjecturamos ao presenciar uma situação, que em razão de nossas inseguranças, nos sentimos ameaçados e, por conseguinte, passamos a desconfiar de tudo e de todos.

Algumas vezes, uma atitude que poderia parecer inocente para alguém, pode não ser tão inocente para aquela pessoa que vive às voltas com suas inseguranças e ciúmes. Isso não faz bem para quem sente e, tampouco, para quem está ao seu lado; pois, como resultado disso, tem-se um convívio bastante tumultuado e com discussões constantes.

Antes que prejudiquemos, com atos tempestivos, o relacionamento tão almejado, precisamos nos abrir também para a ajuda. Além do auxílio de profissionais, quando for o caso, a pessoa mais indicada para cooperar com esse processo de cura é aquela que está ao nosso lado. Esta, por sua vez, ao perceber que o ciúme está corroendo seu cônjuge, precisa ajudá-la naquilo que a faz vulnerável. Talvez, ser mais atento quanto às brincadeiras ou aos tipos de conversas que podem já não ser tão conveniente com as amigos em razão dos compromissos assumidos, ainda mais, quando se conhece os efeitos que essas atitudes podem causar na pessoa que amamos. Corrigir ou mudar tais atos é uma atitude de zelo e de atenção às novas necessidades do convívio, como também resposta ao pedido de socorro de quem sofre tais crises.

Precisamos nos sentir livres em nossos relacionamentos e não será exercendo o domínio de posse ou colocando a pessoa amada numa redoma que estaremos expulsando o ciúme ou garantindo a fidelidade que desejamos. O desenvolvimento dos laços de confiança entre os casais traz o amadurecimento para o convívio e tende a neutralizar as forças do ciúme.

Vencer essas primeiras dificuldades é um ato de paciência e demonstra o zelo e o cuidado com quem amamos. As inseguranças se dissipam quando o casal aprende a reafirmar, a cada dia, seus propósitos com o outro, independentemente das crises que, normalmente, surgem ao longo da convivência.

Um abraço. Sejamos pacientes um com o outro.

Dado Moura
http://dadomoura.com/

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