sábado, 28 de julho de 2012

O MASSACRE DOS IMPOSTOS

O Brasil não é o país que mais impostos cobra, mas está entre os dez governos que mais caro custam o cidadão. Aceitaríamos se não víssemos escolas e hospitais sucateados, onde faltam gases, esparadrapos e pomadas, macas pelos corredores e espera de meses para uma simples tomografia.

No tempo de Jesus Cristo os impostos eram vorazes e cruéis. Tinham chegado ao astronômico percentual de quase sessenta por cento da produção. O que os coletores de impostos desviavam para o Templo e para os romanos causava revolta generalizada. Por isso coletor rimava com traidor. Época houve em que o Templo funcionava como coletoria de impostos para o odiado invasor romano.

O Brasil de hoje não dista muito daqueles impostos porque, tudo somado, o impostômetro estando já pela casa do um trilhão de reais ao ano, ainda não reflete a injustiça que é, no Brasil, a lei dos impostos. Não se chamaria imposto se não fosse imposta. Não é que você escolhe pagar: você não tem escolha, até porque, para a maioria dos brasileiros o imposto é descontado na fonte. O Governo já fica com a parte que ele decidiu que precisa levar. Mas além disso, você paga pelo cafezinho, pelo pão de queijo, pelo sorvete, pelo pedágio, pelo sanduíche, pelo guaraná, pela coca-cola, pelo alfinete, pela folha de papel. Tudo o que você compra tem um preço embutido que vai para o Governo e sua imensa máquina e empregos.

Além de levar parte do seu salário o Governo leva parte de tudo o que você compra. Talvez por isso devamos escrevê-lo com inicial maiúscula, porque o que ele arrecada é maiúsculo! E para onde vai tudo isso? Para o município, para o estado, para Brasília. Supostamente, onde esses trilhões deveriam ser aplicados? Em favor dos mais pobres, dos aposentados e dos funcionários e em melhorias para todos.

Temos como vigiar? Não! Procure na internet e veja se você descobre onde, pelo menos cinquenta por cento do que se arrecada é gasto. Os jornalistas e os advogados que se especializam nesses estudos sabem analisar aquelas contas, mas eles mesmos dizem que não é fácil descobrir indícios de corrupção.

Recentemente a revista Veja colocou na capa o montante que no Brasil é desviado dos cofres públicos. Falou em 85 bilhões de reais num ano, e 720 bilhões nos últimos dez anos. Estradas, estádios, hospitais, universidades coletas de lixo… tudo superfaturado… Alguém ganhou cem por cento, outro trinta, outro vinte a mais. Caixa dois de algum partido, contas de algum arqui-corrupto que sabe como fazê-lo sem ser pego.

Estamos no começo da reação. Temo pelo que virá! Depois e determinado percentual o imposto vira escravidão. E já sabemos o que faz um povo cansado de pagar impostos! Devora os governantes!


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