Não teria que ser assim, mas assim é. Há uma surda contenda entre quem se considera místico e ungido contra quem se apresenta como perguntador da fé. Quem disse que perguntar não ofende não percebeu o que vai pelas mídias do mundo e das igrejas. Os detentores dessas mídias não convivem muito bem com quem faz perguntas fora do script…Ao vivo? Nem pensar! Há dinheiro em jogo!
Essas reflexões evidentemente não chegarão nem sequer a uma pessoa entre cem mil, porque a maioria das pessoas crentes não é de ler livros grossos ou textos que trazem reflexão mais elaborada. Nem os pregadores lêem o suficiente, embora falem a milhões de ouvidos. Não escondem que não são de ler ou estudar. Descobriram como chegar ao povo sem o cansaço dos estudos cotidianos e preferiram o cansaço da pregação. Talvez não seja culpa deles, talvez seja! A maioria das escolas motiva o estudo e a abertura para outros ângulos da fé.
A grande maioria dos religiosos porém, consagrou o testemunho e a vivencia. Os fiéis são capazes de bocejar ou sair da sala se alguém ousar conduzi-los a uma reflexão sobre conhecer Jesus mais a fundo. Agem como o sujeito que não quer conhecer a formula do remédio do qual necessita. Só quer saber se, tomando o remédio na hora certa e na dose recomendada, ele vai ser curado.
Não é fato novo. Aconteceu na Idade Média com a enorme briga entre o santo São Bernardo de Claraval e o culto Pedro Abelardo. Um era o pregador da fé pragmática, sensível, prática, vivenciada; o outro, pregador da fé refletida, estudada, analisada. Perdeu o pregador pensador e professor universitário, ganhou o entusiasmado e santo pregador popular. O povo escolheu o monge! Era menos complicado e arrastava multidões de jovens do campo para os mosteiros. O poder da reflexão perdeu para o poder da oração. Já que existem hoje coleções de livros com “orações de poder” talvez fosse o caso de alguém escrever alguns livros sobre “orações de pedir” ou “reflexões de poder”…
Sou irônico porque chegou-se ao ponto de católicos ditos instruídos rechaçarem alguém porque o sujeito é metido a teólogo. E por que não rechaçam outro que é metido a ungido e a taumaturgo? Credencial por credencial, nenhum dos dois tem o monopólio da fé. Mas o que ensina a perguntar talvez ajude mais a Igreja do que o outro que vem com respostas cabais e espertamente cita os trechos que lhe interessa salientar, ignorando os outros que suscitariam questionamentos contra seu grupo e seus métodos.
Hoje acontece o mesmo embate Bernardo e Abelardo. Programas de televisão raramente chamam professores universitários com qualquer outra cabeça que não seja do grupo que detém aquela mídia. Alguns são aceitos por toda a Igreja, mas se por acaso pensarem diferente daquele grupo de igreja, não serão convidados. Se pensarem como aquela mídia serão bem vindos. O esquema é pesadamente político, por mais religioso que possa parecer.
Teólogo que concordar com os detentores daquela mídia falem; se não concordarem, calem-se. Mas como teólogo é questionador por vocação, e de cada dez teólogos convidados nove questionariam caminhos e práticas, escolhem o especialista que questiona a favor deles e contra o outro enfoque teológico.
Se a liderança é conservadora, teólogo conservador será chamado. Preste atenção e reflita. O Papa e os bispos dão muito mais liberdade aos teólogos católicos do que algumas mídias dirigidas por leigos ou sacerdotes que optaram pela mística do Deus que lhes dá recados novos. Teólogo tem a mania de obedecer Mateus 24,24-26…
Essas reflexões evidentemente não chegarão nem sequer a uma pessoa entre cem mil, porque a maioria das pessoas crentes não é de ler livros grossos ou textos que trazem reflexão mais elaborada. Nem os pregadores lêem o suficiente, embora falem a milhões de ouvidos. Não escondem que não são de ler ou estudar. Descobriram como chegar ao povo sem o cansaço dos estudos cotidianos e preferiram o cansaço da pregação. Talvez não seja culpa deles, talvez seja! A maioria das escolas motiva o estudo e a abertura para outros ângulos da fé.
A grande maioria dos religiosos porém, consagrou o testemunho e a vivencia. Os fiéis são capazes de bocejar ou sair da sala se alguém ousar conduzi-los a uma reflexão sobre conhecer Jesus mais a fundo. Agem como o sujeito que não quer conhecer a formula do remédio do qual necessita. Só quer saber se, tomando o remédio na hora certa e na dose recomendada, ele vai ser curado.
Não é fato novo. Aconteceu na Idade Média com a enorme briga entre o santo São Bernardo de Claraval e o culto Pedro Abelardo. Um era o pregador da fé pragmática, sensível, prática, vivenciada; o outro, pregador da fé refletida, estudada, analisada. Perdeu o pregador pensador e professor universitário, ganhou o entusiasmado e santo pregador popular. O povo escolheu o monge! Era menos complicado e arrastava multidões de jovens do campo para os mosteiros. O poder da reflexão perdeu para o poder da oração. Já que existem hoje coleções de livros com “orações de poder” talvez fosse o caso de alguém escrever alguns livros sobre “orações de pedir” ou “reflexões de poder”…
Sou irônico porque chegou-se ao ponto de católicos ditos instruídos rechaçarem alguém porque o sujeito é metido a teólogo. E por que não rechaçam outro que é metido a ungido e a taumaturgo? Credencial por credencial, nenhum dos dois tem o monopólio da fé. Mas o que ensina a perguntar talvez ajude mais a Igreja do que o outro que vem com respostas cabais e espertamente cita os trechos que lhe interessa salientar, ignorando os outros que suscitariam questionamentos contra seu grupo e seus métodos.
Hoje acontece o mesmo embate Bernardo e Abelardo. Programas de televisão raramente chamam professores universitários com qualquer outra cabeça que não seja do grupo que detém aquela mídia. Alguns são aceitos por toda a Igreja, mas se por acaso pensarem diferente daquele grupo de igreja, não serão convidados. Se pensarem como aquela mídia serão bem vindos. O esquema é pesadamente político, por mais religioso que possa parecer.
Teólogo que concordar com os detentores daquela mídia falem; se não concordarem, calem-se. Mas como teólogo é questionador por vocação, e de cada dez teólogos convidados nove questionariam caminhos e práticas, escolhem o especialista que questiona a favor deles e contra o outro enfoque teológico.
Se a liderança é conservadora, teólogo conservador será chamado. Preste atenção e reflita. O Papa e os bispos dão muito mais liberdade aos teólogos católicos do que algumas mídias dirigidas por leigos ou sacerdotes que optaram pela mística do Deus que lhes dá recados novos. Teólogo tem a mania de obedecer Mateus 24,24-26…
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