Como é interessante um olhar santo. Olhar de uma pessoa que percebe Deus em toda a criação. Olhando uma correição de formigas, Pe Zezinho percebeu que as pessoas são como as formigas. E a partir desse olhar, ele fez uma oração. A verdadeira Lectio Divina.
Oi Deus, bom dia!
Ontem à tarde, fiquei a observar aquele carreiro de formigas.
Eram milhares, iguais ao meu povo nas ruas.
Corriam para muitas direções, mas a grande maioria tinha um só caminho.
Passei duas horas a observá-las e saí de lá entendendo cada vez menos de formigas, como cada vez menos eu entendo de povo.
Formigas são grande mistério. E o povo também.
A quase totalidade fazia o comum: subiam aos galhos mais altos daquele arbusto.
Cortavam seu pedaço de folha nova, e depois desciam penosamente a carregar um fardo 10 ou 20 vezes maior do que elas mesmas.
Igual aos pobres do meu povo.
E seguiam, ziguezagueando, ao peso de seu fardo, na penosa procissão de quase 200 metros até seu formigueiro.
Feito o meu povo quando vai e volta do trabalho.
No meio delas, algumas formigas que foram e voltaram sem nada a levar, igual a 10 ou 15 por cento do meu povo.
Eu não sei se por fraqueza, cansaço ou preguiça, algumas apenas andavam pelo caminho, pareciam não trabalhar, como alguns de meu povo.
Três delas carregavam uma folha amarela, diferente, mas iam em sentido contrário.
Eu não entendi por que faziam o caminho oposto, com aquela folhinha às costas.
Pareciam fazer um trabalho contrário.
Eu pensei em alguns indivíduos de meu povo que também fazem tudo ao contrário do resto do povo. E contra o povo.
No fim do dia o trabalho estava quase tudo feito.
Fiquei a olhar de longe aquelas folhinhas que se moviam como jangadas em fila, no horizonte.
E desejei compreender um pouco mais o comportamento das formigas.
Agora, na manhã, eu olho a cidade que desperta, e os homens e mulheres que vão e vem.
E eu também não entendo o comportamento de nenhum deles.
Só Tu os conheces. Só Tu os compreendes.
E eu fico aqui a rezar e a querer aprender, enquanto me preparo para ir lá também onde eles estão.
Afinal, eu também não passo de uma formiga confusa, com um enorme fardo as costas.
Eu só espero que, por culpa minha, nenhuma formiga morra de fome.
Que eu saiba carregar a minha folhinha.
Oi Deus, bom dia!
Ontem à tarde, fiquei a observar aquele carreiro de formigas.
Eram milhares, iguais ao meu povo nas ruas.
Corriam para muitas direções, mas a grande maioria tinha um só caminho.
Passei duas horas a observá-las e saí de lá entendendo cada vez menos de formigas, como cada vez menos eu entendo de povo.
Formigas são grande mistério. E o povo também.
A quase totalidade fazia o comum: subiam aos galhos mais altos daquele arbusto.
Cortavam seu pedaço de folha nova, e depois desciam penosamente a carregar um fardo 10 ou 20 vezes maior do que elas mesmas.
Igual aos pobres do meu povo.
E seguiam, ziguezagueando, ao peso de seu fardo, na penosa procissão de quase 200 metros até seu formigueiro.
Feito o meu povo quando vai e volta do trabalho.
No meio delas, algumas formigas que foram e voltaram sem nada a levar, igual a 10 ou 15 por cento do meu povo.
Eu não sei se por fraqueza, cansaço ou preguiça, algumas apenas andavam pelo caminho, pareciam não trabalhar, como alguns de meu povo.
Três delas carregavam uma folha amarela, diferente, mas iam em sentido contrário.
Eu não entendi por que faziam o caminho oposto, com aquela folhinha às costas.
Pareciam fazer um trabalho contrário.
Eu pensei em alguns indivíduos de meu povo que também fazem tudo ao contrário do resto do povo. E contra o povo.
No fim do dia o trabalho estava quase tudo feito.
Fiquei a olhar de longe aquelas folhinhas que se moviam como jangadas em fila, no horizonte.
E desejei compreender um pouco mais o comportamento das formigas.
Agora, na manhã, eu olho a cidade que desperta, e os homens e mulheres que vão e vem.
E eu também não entendo o comportamento de nenhum deles.
Só Tu os conheces. Só Tu os compreendes.
E eu fico aqui a rezar e a querer aprender, enquanto me preparo para ir lá também onde eles estão.
Afinal, eu também não passo de uma formiga confusa, com um enorme fardo as costas.
Eu só espero que, por culpa minha, nenhuma formiga morra de fome.
Que eu saiba carregar a minha folhinha.
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