A vós, irmãos e irmãs, a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo.
“O dinheiro não traz felicidade”. Você concorda ou discorda? Hoje o mundo nos diz que o dinheiro traz sim a felicidade. Que o homem só será feliz se o dinheiro comprar um carro novo, uma casa nova, um tênis novo.
Convido a você a abrir seu coração e fazer um exame bem profundo de sua consciência. Parece-nos sempre que nós não somos gananciosos, egoístas ou nem mesmo tão presos ao ter, presos ao dinheiro. Parece-nos que essa palavra de ordem não é para nós (para mim). Mas agora, gostaria que você analisasse com os olhos do coração. Olhos de um coração iluminado pelo Amor de Deus.
Pense naquelas situações em que você quis muito uma televisão nova, ou uma blusa nova, ou uma bolsa nova e pensou: eu seria feliz em ter isso. Eu iria sair, usando essa blusa (ou bolsa) e todos iriam reparar em mim, iriam comentar sobre mim.
Mas, e se alguém também tiver uma bolsa igual a sua? Ou se alguém tiver uma bolsa (ou Jeans) mais bonita ou mais cara? Tenho certeza que você se sentirá arrasado. Infeliz.
Pense ainda, meu irmão: você passa em frente àquela loja e vê aquela televisão moderna: LED, 50 polegadas, 3 entradas HDMI, entradas para vários equipamentos auxiliares, som perfeito, imagem espetacular. Você quer muito essa TV. Diz: eu mereço essa TV. Todos os dias em frente à essa loja você namora essa TV até que a compra. Nossa! Ela é cara! Quatro mil reais! Mas vale a pena... eu mereço!
Chega em casa. Chama todo mundo. Todos acompanham a instalação. E você encontra a primeira desilusão: para que servem as entradas HDMI? Você não tem nenhum outro aparelho em HDMI para ligar na TV.
Pronto! Tudo instalado! Liga a TV e a imagem não é tão boa quanto era na loja. A antena em sua casa não é digital. O som da TV não é tão bom quanto era na loja. Você não tem um home theater 5.1.
Então, no primeiro dia, na primeira vez que usa a TV nova e cara você já se decepcionou com ela. Você já sente aquela tentação de comprar mais coisas, talvez um computador de última geração para ligar na TV, um home theater, uma antena digital...
Vocês percebem como é a tentação do consumismo? Uma compra leva à outra. Então se endivida e deixa as coisas de Deus para depois porque tem que fazer hora-extra para ter mais dinheiro para pagar tantas prestações. Deixa de pagar o Dízimo e outras contribuições necessárias da Igreja de Deus porque não sobra dinheiro do salário.
E também sabemos que muitas pessoas cometem suicídio por causa do desespero de TER muitos bens materiais (terrenos) e não ter dinheiro no bolso nem a PAZ de Jesus no Coração.
A história nos mostra que o dinheiro não traz felicidade e sim morte. O dinheiro é uma arma poderosa nas mãos do encardido. Vejamos alguns exemplos na Bíblia.
Judas, de Cariote, era um dos doze apóstolos de Jesus, homem apegado ao ter, ao dinheiro. Vendeu a sua paz, a sua vida quando entregou Jesus para morrer na cruz. Jesus foi vendido por trinta moedas de prata (Mt 26, 14-16). Naquela época era o preço pago por um escravo nos mercados.
Só para complementar esse tema, outra passagem bíblica que se fala em venda de pessoas por causa da ganância ou inveja é a venda de José, filho de Jacó, por seus irmãos por vinte moedas de prata (Gn 37, 28).
Continuando a analisar seu comportamento, sabe-se que Judas Iscariotes era aquele que guardava o dinheiro de todos os discípulos. Ele era responsável pelo pagamento dos impostos, doação de esmolas, compra de algum alimento e por pagar alguma outra emergência que surgisse. Ou seja, ele era o tesoureiro.
Esse dinheiro nunca era usado para fazer festas ou comprar túnicas novas, ou para bebedeiras. Era usado somente para o extremamente necessário. Não se vê nenhuma passagem nos evangelhos que nos indica que Jesus realizou um milagre para matar a sua fome ou a de seus discípulos. Acredito que eles tinham essas reservas para comprar o mínimo de alimento, mas não passavam fome. Mas também não faziam extravagâncias consumistas.
Porém, Judas era descontrolado. Às vezes, usava esse dinheiro para seu próprio bem (Jo 12, 6). Assim, faltava dinheiro para pagar os impostos. Jesus, uma vez, teve que realizar um milagre, um sinal, para pagar um imposto (didracma). Mandou Pedro pescar um peixe e com a moeda encontrada na boca desse peixe levar ao cobrador dos impostos.
Jesus era um homem justo e equilibrado, não infringiu nenhuma lei dos homens. Ele pagava os impostos, mas não deixava de atacar quando esses impostos eram cobrados de forma injusta. Em uma passagem, perguntaram a Jesus se era lícito o imposto do imperador César e Ele respondeu: “Daí a César o que é de César” (Mc 12, 13-17).
Judas era tão apegado ao dinheiro que em um belo dia, Jesus e seus discípulos foram convidados para uma ceia na casa de Simão, o leproso, na cidade de Betânia. Lá, Maria, irmã de Lázaro e de Marta, ungia Jesus com um perfume muito puro e caro. Nesse momento, Judas disse aos seus companheiros: “por que desperdiçar esse perfume? Poderia vendê-lo por um bom preço e dar o dinheiro aos pobres” (Jo 12,4). Judas disse isso não porque estava preocupado com os pobres.
Vejam, desde o seu nascimento, Jesus teve oportunidade de ser uma pessoa muito rica. Vamos lembrar que Ele ganhou muito ouro de presente do rei, na gruta de Belém (Mt 2,11). José e Maria aceitaram todos aqueles presentes. Aceitaram não para ficarem ricos e terem uma vida fácil. Não mesmo! José era um homem equilibrado. Ele sabia que teriam muitas dificuldades e uma hora eles iriam precisar desse dinheiro. E foi isso que aconteceu. José precisou usar esse dinheiro para “pagar” pela travessia das fronteiras com o Egito em sua fuga de Herodes.
Irmãos e irmãs. Também devemos lembrar que Jesus teve outra oportunidade de enriquecimento. Logo após seu Batismo, Ele foi levado pelo Espírito ao deserto e ali foi tentado pelo demônio. Em uma dessas tentações, o demônio O mostrou todos os reinos da terra e suas riquezas e disse: “se você se prostrar diante de mim, eu lhe darei tudo isso, pois todos os reinos me foram dados” (Lc 4, 5-6). Mas Jesus não caiu nas tentações. Será que teríamos tanta força para não aceitar essa oferta do demônio? Penso que todos nós conhecemos alguém que não hesitaria em aceitar, não é mesmo!
Não muito tempo depois desse fato, Jesus nos dá uma maravilhosa lição sobre o acúmulo de riquezas: é o sermão da montanha, ou sermão das boas-aventuranças, ou ainda, sermão da felicidade (Lc 6, 20): “Felizes os pobres, pois deles é o Reino de Deus”.
Quanta felicidade seria para todos nós se pudéssemos doar nossos bens aos mais pobres. Porém, podemos ver que esse ato de doação não é tão fácil, pois somos muito apegados ao que temos. Jesus disse ao jovem rico que ele deveria vender tudo o que tinha e dar aos pobres (Mt 19, 16-24). Após esse jovem ir embora muito triste com essas palavras, Jesus diz aos seus discípulos: “É difícil para um rico entrar no Reino de Deus”.
Meus irmãos e minhas irmãs, Jesus nos dá vários ensinamentos sobre como devemos proceder com a riqueza. Quero destacar uma delas: Parábola do rico e de Lázaro (Lc 16, 19-31). Nessa parábola, podemos observar que não é mencionado o nome do homem rico. É proposital. Devemos sempre nos colocar no lugar do homem rico e analisar se estamos procedendo da mesma forma que ele.
Jesus não condenou a riqueza do jovem nem daquele homem rico. Ele condenou a utilização dessa riqueza. O próprio Jesus disse em outro momento que aquele que vive essa vida de forma tranqüila já recebeu sua recompensa. Então, não receberá outra recompensa no Paraíso. Será a hora e a vez do Lázaro, daqueles que são marginalizados pela sociedade.
Deixarei algumas perguntas: Quem é esse Lázaro na comunidade? O que estamos fazendo por ele?
Um dia, Jesus estava diante do cofre das doações dos fiéis no templo e observava o povo depositar suas ofertas (Mc 12, 41-44). Em certo momento, uma viúva depositou sua única moeda. Jesus comentou com seus discípulos a atitude dessa viúva. Ele afirma que aquela doação era muito mais valiosa do que dos outros, pois ela doou tudo o que tinha.
Irmãos, estamos doando tudo o que temos a Deus e aos pobres e marginalizados? Não só o dinheiro, mas também o nosso tempo. Estamos doando muito ou só um pouquinho de nosso tempo a Deus?
Jesus contou uma parábola para nos mostrar o quanto valemos para Deus. É a parábola do servo cruel (Mt 18, 23-27): um rei decidiu ajustar suas contas com os servos e chamou um que devia 10.000 talentos (350 toneladas de ouro). Como não tinha como pagar a dívida, o rei mandou prender o servo, a sua mulher, seus filhos e tudo o que pertencia e vender tudo para quitar a dívida. Esse servo prostrou-se diante do rei e pediu súplica. O rei, cheio de compaixão, perdoou sua dívida.
O Reino de Deus é semelhante à esse rei. Nós somos os servos. Essa quantia é apenas simbólica (350 toneladas de ouro) e representa uma fortuna imperial, ou seja, somos, cada um de nós, um tesouro para Deus. Temos essa dívida e devemos pagá-la com o maior dom que Deus nos deu: O AMOR, A CARIDADE.
Sejamos caridosos, compassivos e amorosos com nossos irmãos, assim como Deus é conosco. Desse modo, não seremos jogados na prisão eterna até que nossa dívida seja paga ao Pai, ou seja, eternamente. Ele nos ama e nos perdoa a dívida sempre que formos caridosos e compassivos com os outros.
Irmãos e irmãs. Cito também o Livro dos Provérbios de Salomão. No capítulo 13, versículo 11, ele nos alerta que aquele que se enriquece rapidamente, mais rápido ainda se empobrece. Os bens pouco a pouco acumulados sempre vão se aumentando.
Assim, vamos orar a Deus para que Ele nos ensine a sermos caridosos e compassivos com nossos irmãos mais carentes. Peçamos a Deus que nos tampe os olhos para as riquezas mundanas e nos abra os olhos do coração para os tesouros do céu.
Pai Santo, Pai Querido, Pai Amado. Dê-nos forças para que possamos vencer as tentações do dono do mundo, que é o demônio. Pai, não deixeis que nós também vendamos nossos irmãos por qualquer que seja o valor. Que nós não sejamos como Judas Iscariotes ou como os irmãos de José, filhos de Jacó. Paizinho querido. Faça de nossos corações um templo de caridade para que também façamos parte do Reino dos Céus. Dai-nos um coração pobre.
Senhor, assim como Jesus, queremos também atacar os impostos injustos, lucros abusivos, enriquecimento ilícitos. Não queremos nos calar. Queremos sempre ajudar aqueles que mais necessitam. Pai Santo. Faça de nós um instrumento de vossa misericórdia eterna. Amém.
A paz do Senhor Jesus Cristo esteja convosco.
“O dinheiro não traz felicidade”. Você concorda ou discorda? Hoje o mundo nos diz que o dinheiro traz sim a felicidade. Que o homem só será feliz se o dinheiro comprar um carro novo, uma casa nova, um tênis novo.
Convido a você a abrir seu coração e fazer um exame bem profundo de sua consciência. Parece-nos sempre que nós não somos gananciosos, egoístas ou nem mesmo tão presos ao ter, presos ao dinheiro. Parece-nos que essa palavra de ordem não é para nós (para mim). Mas agora, gostaria que você analisasse com os olhos do coração. Olhos de um coração iluminado pelo Amor de Deus.
Pense naquelas situações em que você quis muito uma televisão nova, ou uma blusa nova, ou uma bolsa nova e pensou: eu seria feliz em ter isso. Eu iria sair, usando essa blusa (ou bolsa) e todos iriam reparar em mim, iriam comentar sobre mim.
Mas, e se alguém também tiver uma bolsa igual a sua? Ou se alguém tiver uma bolsa (ou Jeans) mais bonita ou mais cara? Tenho certeza que você se sentirá arrasado. Infeliz.
Pense ainda, meu irmão: você passa em frente àquela loja e vê aquela televisão moderna: LED, 50 polegadas, 3 entradas HDMI, entradas para vários equipamentos auxiliares, som perfeito, imagem espetacular. Você quer muito essa TV. Diz: eu mereço essa TV. Todos os dias em frente à essa loja você namora essa TV até que a compra. Nossa! Ela é cara! Quatro mil reais! Mas vale a pena... eu mereço!
Chega em casa. Chama todo mundo. Todos acompanham a instalação. E você encontra a primeira desilusão: para que servem as entradas HDMI? Você não tem nenhum outro aparelho em HDMI para ligar na TV.
Pronto! Tudo instalado! Liga a TV e a imagem não é tão boa quanto era na loja. A antena em sua casa não é digital. O som da TV não é tão bom quanto era na loja. Você não tem um home theater 5.1.
Então, no primeiro dia, na primeira vez que usa a TV nova e cara você já se decepcionou com ela. Você já sente aquela tentação de comprar mais coisas, talvez um computador de última geração para ligar na TV, um home theater, uma antena digital...
Vocês percebem como é a tentação do consumismo? Uma compra leva à outra. Então se endivida e deixa as coisas de Deus para depois porque tem que fazer hora-extra para ter mais dinheiro para pagar tantas prestações. Deixa de pagar o Dízimo e outras contribuições necessárias da Igreja de Deus porque não sobra dinheiro do salário.
E também sabemos que muitas pessoas cometem suicídio por causa do desespero de TER muitos bens materiais (terrenos) e não ter dinheiro no bolso nem a PAZ de Jesus no Coração.
A história nos mostra que o dinheiro não traz felicidade e sim morte. O dinheiro é uma arma poderosa nas mãos do encardido. Vejamos alguns exemplos na Bíblia.
Judas, de Cariote, era um dos doze apóstolos de Jesus, homem apegado ao ter, ao dinheiro. Vendeu a sua paz, a sua vida quando entregou Jesus para morrer na cruz. Jesus foi vendido por trinta moedas de prata (Mt 26, 14-16). Naquela época era o preço pago por um escravo nos mercados.
Só para complementar esse tema, outra passagem bíblica que se fala em venda de pessoas por causa da ganância ou inveja é a venda de José, filho de Jacó, por seus irmãos por vinte moedas de prata (Gn 37, 28).
Continuando a analisar seu comportamento, sabe-se que Judas Iscariotes era aquele que guardava o dinheiro de todos os discípulos. Ele era responsável pelo pagamento dos impostos, doação de esmolas, compra de algum alimento e por pagar alguma outra emergência que surgisse. Ou seja, ele era o tesoureiro.
Esse dinheiro nunca era usado para fazer festas ou comprar túnicas novas, ou para bebedeiras. Era usado somente para o extremamente necessário. Não se vê nenhuma passagem nos evangelhos que nos indica que Jesus realizou um milagre para matar a sua fome ou a de seus discípulos. Acredito que eles tinham essas reservas para comprar o mínimo de alimento, mas não passavam fome. Mas também não faziam extravagâncias consumistas.
Porém, Judas era descontrolado. Às vezes, usava esse dinheiro para seu próprio bem (Jo 12, 6). Assim, faltava dinheiro para pagar os impostos. Jesus, uma vez, teve que realizar um milagre, um sinal, para pagar um imposto (didracma). Mandou Pedro pescar um peixe e com a moeda encontrada na boca desse peixe levar ao cobrador dos impostos.
Jesus era um homem justo e equilibrado, não infringiu nenhuma lei dos homens. Ele pagava os impostos, mas não deixava de atacar quando esses impostos eram cobrados de forma injusta. Em uma passagem, perguntaram a Jesus se era lícito o imposto do imperador César e Ele respondeu: “Daí a César o que é de César” (Mc 12, 13-17).
Judas era tão apegado ao dinheiro que em um belo dia, Jesus e seus discípulos foram convidados para uma ceia na casa de Simão, o leproso, na cidade de Betânia. Lá, Maria, irmã de Lázaro e de Marta, ungia Jesus com um perfume muito puro e caro. Nesse momento, Judas disse aos seus companheiros: “por que desperdiçar esse perfume? Poderia vendê-lo por um bom preço e dar o dinheiro aos pobres” (Jo 12,4). Judas disse isso não porque estava preocupado com os pobres.
Vejam, desde o seu nascimento, Jesus teve oportunidade de ser uma pessoa muito rica. Vamos lembrar que Ele ganhou muito ouro de presente do rei, na gruta de Belém (Mt 2,11). José e Maria aceitaram todos aqueles presentes. Aceitaram não para ficarem ricos e terem uma vida fácil. Não mesmo! José era um homem equilibrado. Ele sabia que teriam muitas dificuldades e uma hora eles iriam precisar desse dinheiro. E foi isso que aconteceu. José precisou usar esse dinheiro para “pagar” pela travessia das fronteiras com o Egito em sua fuga de Herodes.
Irmãos e irmãs. Também devemos lembrar que Jesus teve outra oportunidade de enriquecimento. Logo após seu Batismo, Ele foi levado pelo Espírito ao deserto e ali foi tentado pelo demônio. Em uma dessas tentações, o demônio O mostrou todos os reinos da terra e suas riquezas e disse: “se você se prostrar diante de mim, eu lhe darei tudo isso, pois todos os reinos me foram dados” (Lc 4, 5-6). Mas Jesus não caiu nas tentações. Será que teríamos tanta força para não aceitar essa oferta do demônio? Penso que todos nós conhecemos alguém que não hesitaria em aceitar, não é mesmo!
Não muito tempo depois desse fato, Jesus nos dá uma maravilhosa lição sobre o acúmulo de riquezas: é o sermão da montanha, ou sermão das boas-aventuranças, ou ainda, sermão da felicidade (Lc 6, 20): “Felizes os pobres, pois deles é o Reino de Deus”.
Quanta felicidade seria para todos nós se pudéssemos doar nossos bens aos mais pobres. Porém, podemos ver que esse ato de doação não é tão fácil, pois somos muito apegados ao que temos. Jesus disse ao jovem rico que ele deveria vender tudo o que tinha e dar aos pobres (Mt 19, 16-24). Após esse jovem ir embora muito triste com essas palavras, Jesus diz aos seus discípulos: “É difícil para um rico entrar no Reino de Deus”.
Meus irmãos e minhas irmãs, Jesus nos dá vários ensinamentos sobre como devemos proceder com a riqueza. Quero destacar uma delas: Parábola do rico e de Lázaro (Lc 16, 19-31). Nessa parábola, podemos observar que não é mencionado o nome do homem rico. É proposital. Devemos sempre nos colocar no lugar do homem rico e analisar se estamos procedendo da mesma forma que ele.
Jesus não condenou a riqueza do jovem nem daquele homem rico. Ele condenou a utilização dessa riqueza. O próprio Jesus disse em outro momento que aquele que vive essa vida de forma tranqüila já recebeu sua recompensa. Então, não receberá outra recompensa no Paraíso. Será a hora e a vez do Lázaro, daqueles que são marginalizados pela sociedade.
Deixarei algumas perguntas: Quem é esse Lázaro na comunidade? O que estamos fazendo por ele?
Um dia, Jesus estava diante do cofre das doações dos fiéis no templo e observava o povo depositar suas ofertas (Mc 12, 41-44). Em certo momento, uma viúva depositou sua única moeda. Jesus comentou com seus discípulos a atitude dessa viúva. Ele afirma que aquela doação era muito mais valiosa do que dos outros, pois ela doou tudo o que tinha.
Irmãos, estamos doando tudo o que temos a Deus e aos pobres e marginalizados? Não só o dinheiro, mas também o nosso tempo. Estamos doando muito ou só um pouquinho de nosso tempo a Deus?
Jesus contou uma parábola para nos mostrar o quanto valemos para Deus. É a parábola do servo cruel (Mt 18, 23-27): um rei decidiu ajustar suas contas com os servos e chamou um que devia 10.000 talentos (350 toneladas de ouro). Como não tinha como pagar a dívida, o rei mandou prender o servo, a sua mulher, seus filhos e tudo o que pertencia e vender tudo para quitar a dívida. Esse servo prostrou-se diante do rei e pediu súplica. O rei, cheio de compaixão, perdoou sua dívida.
O Reino de Deus é semelhante à esse rei. Nós somos os servos. Essa quantia é apenas simbólica (350 toneladas de ouro) e representa uma fortuna imperial, ou seja, somos, cada um de nós, um tesouro para Deus. Temos essa dívida e devemos pagá-la com o maior dom que Deus nos deu: O AMOR, A CARIDADE.
Sejamos caridosos, compassivos e amorosos com nossos irmãos, assim como Deus é conosco. Desse modo, não seremos jogados na prisão eterna até que nossa dívida seja paga ao Pai, ou seja, eternamente. Ele nos ama e nos perdoa a dívida sempre que formos caridosos e compassivos com os outros.
Irmãos e irmãs. Cito também o Livro dos Provérbios de Salomão. No capítulo 13, versículo 11, ele nos alerta que aquele que se enriquece rapidamente, mais rápido ainda se empobrece. Os bens pouco a pouco acumulados sempre vão se aumentando.
Assim, vamos orar a Deus para que Ele nos ensine a sermos caridosos e compassivos com nossos irmãos mais carentes. Peçamos a Deus que nos tampe os olhos para as riquezas mundanas e nos abra os olhos do coração para os tesouros do céu.
Pai Santo, Pai Querido, Pai Amado. Dê-nos forças para que possamos vencer as tentações do dono do mundo, que é o demônio. Pai, não deixeis que nós também vendamos nossos irmãos por qualquer que seja o valor. Que nós não sejamos como Judas Iscariotes ou como os irmãos de José, filhos de Jacó. Paizinho querido. Faça de nossos corações um templo de caridade para que também façamos parte do Reino dos Céus. Dai-nos um coração pobre.
Senhor, assim como Jesus, queremos também atacar os impostos injustos, lucros abusivos, enriquecimento ilícitos. Não queremos nos calar. Queremos sempre ajudar aqueles que mais necessitam. Pai Santo. Faça de nós um instrumento de vossa misericórdia eterna. Amém.
A paz do Senhor Jesus Cristo esteja convosco.
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