quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Por que falamos que a fé é um pulo no escuro?

Esta explicação da fé como um salto no escuro não corresponde ao ensinamento da Sagrada Escritura. Fé é um salto sim, mas um salto no seguro. São Paulo diz: “Sei em quem acreditei”. O seguro não significa absoluta clareza, pois a fé está ligada à esperança, uma vez que a carta aos Hebreus confirma: “fé é o modo de já possuir o que se espera, a convicção acerca de realidade que não se vêem” (Heb 1,1).

A própria carta aos Hebreus no capítulo 11 diz-nos que esta fé foi a vida e o caminho dos patriarcas e, assim, é o nosso caminho. Ela tem as características de ser estímulo a caminhar, de ser meta a se atingir e meio de viver. “Sem ela é impossível ser agradável a Deus, pois aquele que se aproxima de Deus deve crer que Ele existe e que recompensa os que o procuram. Foi nela que Abel ofereceu os frutos foi morto e nela seu sangue ainda fala. Por ela Abraão partiu para uma terra, sem saber para onde ia. Sara teve um filho na sua velhice. Nesta fé Abraão oferece seu filho Isaac em sacrifício. Nesta fé Moisés foi oculto pelos pais para não ser morto. Por ela Moisés tira o povo do Egito e resiste como se visse o invisível. Foi por ela que os líderes do povo, perseguidos, lutando pela libertação, levaram vida errante vestidos de peles, oprimidos e maltratados. Eles, de quem a terra não era digna, vagavam pelos desertos e pelas montanhas, pelas grutas e cavernas da terra”.

A fé, mesmo na maior escuridão a fé é visível e dá a direção e segurança no caminho, mesmo doloroso. Nesta caminhada ela se torna uma obra concreta. São Tiago diz que a fé tem que ser acompanhada das obras. Não basta dizer sou católico ou crente, se minhas obras não mostram isso. Ela empenha a vida. Só a fé salva, diz Paulo. Tiago explica que fé significa agir pelas obras. Foi por isso que certos grupos tiraram a carta de Tiago da Bíblia. Entenderam que isso significaria dizer: fé na igreja e fora por minha conta, como eu quero. Ela interfere diretamente na vida através do Evangelho de Jesus. Vencer as tentações da fé é difícil, pois a tentação é suave e gostosa. E pelo fato de ser boa e suave, muitos caem quando chega o momento da crise.



Pe. Luiz Carlos de Oliveira, C.Ss.R.

Pertinho

Com quem posso comparar esta geração?

Jesus Cristo está diante da multidão que O cerca para ouvi-Lo – pura e simplesmente – sem saber qual deve ser o grau de pertença ao Reino de Deus. Engraçado é notar as pessoas que O escutavam, pois eram de renome em matéria de religião. Eram os chefes religiosos do Judaísmo.

Jesus começou assim a Sua pregação: “Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo” (Mt 4,17). João Batista, Seu percursor, tinha começado da mesma maneira: “Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo” (Mt 3,2).

Na parábola, o Mestre compara aquela geração a um grupo de crianças que tenta se comunicar com outro grupo, com brincadeiras de alegria ou de tristeza. Porém, o outro grupo não corresponde, fecha os olhos, a boca e ouvidos para não ouvir, falar e ver, acabando por rejeitar todas as tentativas de diálogo com as outras. Por isso: “Com quem posso comparar as pessoas de hoje? Com quem elas são parecidas?” (Lc 7,31).

Assim como Jesus censurou a geração do tempo de João Batista, também hoje Ele continua falando: “A quem hei de comparar esta geração? Nós tocamos músicas de casamento, mas vocês não dançaram! Cantamos músicas de sepultamento, mas vocês não choraram”. Estamos diante de pessoas que se alegram com o sofrimento dos outros. Não conseguem chorar com os que choram, sorrir com os que sorriem, comer com os que comem, viver com os que vivem. Uma sociedade fechada no seu casulo.

As pessoas só pensam nos próprios interesses e não querem saber nada sobre os outros. O bem, a confiança, a justiça, a fraternidade, a comunhão, o amor, o respeito pela pessoa – e pelo que lhe é alheio – desapareceram entre as pessoas. Muitos homens e mulheres não querem se converter, não querem abandonar a vida do pecado.

Ao “João Batista” de hoje, que faz o seu anúncio de conversão de maneira austera – como um asceta – é chamado de louco. E os ministros sagrados que agem na pessoa de Jesus, que na simplicidade, humildade e solidariendade se abeiram do pobre, do excluido, do doente e do abandonado chamam-no de pecador e publicano. E é chamado de comilão e beberrão.

A sociedade se esquece que o Reino dos Céus é para os simples e humildes. Aqueles que Jesus chama de “pobres em espírito”. A razão é porque os pobres, pecadores e excluídos não são escravos da riqueza e do poder e, consequentemente, acolhem o convite à conversão tanto feita por João Batista quanto por Jesus e continuada pelos discípulos e missionários de Jesus Cristo.
Que você, meu irmão, tenha a prudência de aceitar as advertências de Jesus, para não deixar escapar e passar o tempo da sua missão, este tempo no qual estamos, durante o qual Ele poupa mais uma vez a sua vida.

Se ela é poupada, é para que você se converta e que ninguém seja condenado, porque você não sabe quando virá o fim dos tempos. Deve, portanto, viver o tempo da graça, o tempo da salvação, o tempo da fé. Caso contrário, Jesus gritará bem alto nos seus ouvidos: “Com quem posso comparar esta geração?”.

Padre Bantu Mendonça

MENSAGEM DO DIA: Padre Cleidimar Moreira 19/09/2012

Tudo fica diferente quando rezamos!

Quando estamos em intimidade com Deus nós o conhecemos mais e também toda criação. Consequentemente seremos mais felizes, pois nossa forma de enxergar a vida e tudo que está a nossa volta será como a visão de Deus. Quer ser mais feliz e ajudar a muitos a enxergar diferente a vida e sofrer menos? Reze e entre em intimidade com Deus e sua vida mudará.

Deus lhe abençoe!
Padre Cleidimar Moreira

DE ONIBUS E DE IGREJAS

Ônibus em si nem sempre salvam. Agilizam a viagem, aproximam ou separam pessoas. Igrejas em si não salvam, mas agilizam, aproximam e separam. Não é o veículo que salva é o ato de entrar nele e de ir com quem sabe conduzi-lo. Condução com motorista eufórico tem mais chance de se espatifar quilômetros adiante. Igrejas também!

É verdade que igrejas, impulsionadas pelo púlpito e pelas práticas que envolvem o fiel, levam para mais perto ou para mais longe de Deus. No ônibus depende muito do condutor e do destino escolhido pelo viajante e nas Igrejas também. Há igrejas para tudo e, se o viajante quiser determinadas garantias, alguém as dará. O púlpito que deveriam encher de esperança, ultimamente enche de certezas absolutas, garantias e promessas vindas diretamente do céu.

Já não importa muito o que Deus disse no passado. Importa o que ele diz hoje ao pregador mais convincente da hora. Não é incomum ouvir pregadores e dizer: “eu lhes garanto” “ eu determino” , tudo , é claro, em nome de Jesus. Como não há selo de qualidade ou de garantia para a pregações, o fiel vai com quem fala mais bonito ou com mais convicção. A verdade, porém não depende de nenhum marketing da fé. Será verdade mesmo que o pregador não consiga reunir mais do que cinquenta fiéis.

Há ônibus bons e ruins e há igrejas boas e ruins. Com enorme facilidade o fiel de uma igreja achará que a outra ou o da outra é ruim. São poucos os que conseguem admirar e elogiar outros iluminados e outras igrejas. Agem como o passageiro que acha seu ônibus melhor porque é maior e leva mais gente, ou porque é o mais novo da praça; critérios errados, porque ônibus velhos e mal cuidados enguiçam e ônibus novos também batem e ferem. Outra vez depende do condutor e da manutenção.

Um olhar arguto sobre o que se passa nas pregações entusiasmadas e emocionadas ou serenas de agora levaria o estudioso da fé a conclusões nada lisonjeiras sobre a maioria dos que hoje sobem ao púlpito ou empunham microfones no rádio ou na televisão. E cabe qualquer pregador, a começar comigo, seja ele pouco ouvido ou famosíssimo, perguntar-se de quem ele é porta-voz.

Quando fala traduz o pensamento de sua Igreja ou projeta apenas o seu? O pregador que deu data e local para os próximos milagres portou sua voz, mas não a de Deus nem a de sua igreja. Nenhuma igreja que se preze dá dia, local e hora para Deus operar algum prodígio. Faltou ler Jonas, aquele da baleia!…


Santo do dia 19 de setembro Santo Afonso de Orozco

Afonso ou Alonso, como se diz no seu idioma natal, nasceu em Ortopesa, na cidade de Toledo, Espanha, no ano de 1500. Seus pais o batizaram com esse nome em homenagem a santo Ildefonso, o grande defensor da doutrina da virgindade de Maria.

Na infância, Afonso estudou em Talavera de la Reina e cantou no coro na catedral de Toledo. A música sempre foi sua grande paixão. Mais tarde, foi enviado à cidade de Salamanca para continuar seus estudos e lá sentiu-se atraído pelo ambiente de santidade do convento dos agostinianos. Logo depois, ingressou na Ordem, onde fez os primeiros votos em 1523. Uma vez ordenado sacerdote, foi nomeado pregador da Ordem, ocupando, ainda, vários cargos, como os de pároco do Convento São Tomás de Vilanova e definidor da Província de Castela, à qual pertencia.

Afonso era severo consigo mesmo, muito rigoroso e crítico, mas tinha uma compreensão e tolerância enorme para com os fiéis e os outros clérigos. Quando era superior do Convento de Valladolid, foi nomeado pregador real do imperador Carlos V, depois também de Filipe II, tendo, por esse motivo, transferido a sua residência de Valladolid para Madri, pois a sede da Corte também fora transferida para aquela cidade. Em 1560, passou a viver no Convento agostiniano de São Filipe.

Eloqüente pregador, tinha, também, um forte carisma, que fazia com que todas as pessoas se aproximassem dele, sem distinção. Por isso gozava de uma extraordinária popularidade, mesmo nos ambientes mais formais. Mereceu a estima do rei, dos nobres e de grandes personagens da época. A infanta Isabel Clara Eugênia deixou o seu testemunho no processo de canonização, bem como os escritores Francisco de Quevedo e Lope de Vega.

O conjunto de sua correspondência revelou-nos o amplo círculo de sua amizade. Mas não só os nobres tiveram esse privilégio, o povo simples e humilde também desfrutou de sua estimada companhia. Todos admiravam o estilo de vida de Afonso, pois amparou a todos com seu apoio pessoal, visitando doentes em hospitais, e os encarcerados.

Apesar de ter fama de santidade, sendo chamado em vida de "o santo de São Filipe", numa referência ao convento em que residia, não se sentia confirmado na graça. Ele foi atormentado várias vezes por tentações, como o amor, a liberdade, e muitas vezes pensou em abandonar a vida religiosa, por não se sentir totalmente digno dela. Mesmo renunciando a todos os privilégios de sua posição de pregador régio, participou, assiduamente, da vida em comunidade apenas como um simples frade.

Ele nos deixou uma obra literária, escrita na língua latina, de grande relevância para a Igreja, especialmente da doutrina mariana. Grande devoto de Maria, sentia-se muito alegre e à vontade escrevendo para ela. Fundou dois conventos de agostinianos e três de monjas agostinianas de clausura, transmitindo a todos um testemunho de amor pela vida contemplativa.

Afonso morreu em Madri, em 19 de setembro de 1591, no Colégio de Dona Maria de Aragão, que ele próprio havia fundado. Beatificado em 1882, atualmente seus restos mortais são venerados no mosteiro das agostinianas em Madri. Em 2003, o papa João Paulo II declarou santo Alonso de Orozco, cuja festa foi marcada para o dia de sua morte.

Santo do dia 19 de setembro São Januário ou Gennaro

A esse santo é atribuído o "milagre do sangue de são Januário", ou Gennaro, como é o seu nome na língua italiana. Durante a sua festa, no dia 19 de setembro, sua imagem é exposta à imensa população de fiéis. Por várias vezes, na ocasião a relíquia do seu sangue se liquefaz, adquirindo de novo a aparência de recém-derramado e a coloração vermelha. A primeira vez, devidamente registrada e desde então amplamente documentada, ocorreu na festa de 1389. A última vez foi em 1988.

O mais incrível é que a ciência já tentou, mas ainda não conseguiu chegar a alguma conclusão de como o sangue, depositado num vidro em estado sólido, de repente se torna líquido, mudando a cor, consistência, e até mesmo duplicando seu peso. Assim, segue, através dos séculos, a liquefação do sangue de são Januário como um mistério que só mesmo a fé consegue entender e explicar.

Por isso o povo de Nápoles e todos os católicos devotam enorme veneração por são Januário. Até a história dessa linda cidade italiana, cravada ao pé da montanha do Vesúvio, confunde-se com a devoção dedicada a ele, que os protege das pestes e das erupções do referido vulcão. Na verdade, ela se torna a própria história deste santo que, segundo os atos do Vaticano, era napolitano de origem e viveu no fim do século III. Considerado um homem bom, caridoso e zeloso com as coisas da fé, foi eleito bispo de Benevento, uma cidade situada a setenta quilômetros da sua cidade natal. Era uma época em que os inimigos do cristianismo submetiam os cristãos a testemunharem sua fé por meio dos terríveis martírios seguidos de morte.

No ano 304, o imperador romano Diocleciano desencadeou a última e também a mais violenta perseguição contra a Igreja. O bispo Januário foi preso com mais alguns membros do clero, sendo todos julgados e sentenciados à morte num espetáculo público no Circo. Sua execução era para ser, mesmo, um verdadeiro evento macabro, pois seriam jogados aos leões para que fossem devorados aos olhos do povo chamado para assistir. Porém, a exemplo do que aconteceu com o profeta Daniel, as feras tornaram-se mansas e não lhes fizeram mal. O imperador determinou, então, que fossem todos degolados ali mesmo. Era o dia 19 de setembro de 305.

Alguns cristãos, piedosamente, recolheram em duas ampolas o sangue do bispo Januário e o guardaram como a preciosa relíquia que viria a ser um dos mais misteriosos e incríveis milagres da Igreja Católica. São Januário é venerado desde o século V, mas sua confirmação canônica veio somente por meio do papa Sixto V em 1586.


Comentário do evangelho do dia 19/09/2012

Em Jesus a plenitude do humano


Ao mencionar "as pessoas desta geração", Jesus está se referindo à classe dirigente judaica. O termo "geração" (geneá), no Antigo Testamento, é aplicado com frequência ao povo hebreu, em um determinado momento histórico, de maneira recriminatória (por ex.: "Certamente, nenhum dos homens desta maligna geração verá a boa terra que jurei dar a vossos pais" - Dt 1,35).

Os chefes religiosos do Templo e das sinagogas difamam João (tem demônio) e Jesus (comilão e beberrão). Assim fazem porque rejeitam em João o anúncio da libertação do pecado pela prática da justiça, pois isto esvazia e rompe com o Templo. Rejeitam em Jesus o amor misericordioso que acolhe a todos, com o que são descartados os preceitos excludentes da Lei.

João retirava-se para o deserto em protesto à vida corrompida na cidade e no Templo de Jerusalém. Porém, Jesus retorna às comunidades rurais e urbanas da periférica e gentílica Galileia, onde anuncia o Reino de Deus. O Filho do Homem é a plenitude do humano. O humano para ser realizado, ser pleno, é necessariamente solidário; é o viver em comunhão com todos para que não haja nenhum excluído e todos tenham vida plena. Esta é a verdadeira obra de sabedoria.

José Raimundo Oliva

Evangelho do dia 19/09/2012

Uma geração "infantil"
Leitura Orante
Lc 7,31-35


E Jesus terminou, dizendo:
- Mas com quem posso comparar as pessoas de hoje? Com quem elas são parecidas? Elas são como crianças sentadas na praça. Um grupo grita para o outro:
"Nós tocamos músicas de casamento, mas vocês não dançaram! Cantamos músicas de sepultamento, mas vocês não choraram!"
João Batista jejua e não bebe vinho, e vocês dizem: "Ele está dominado por um demônio." O Filho do Homem come e bebe, e vocês dizem: "Vejam! Esse homem é comilão e beberrão; é amigo dos cobradores de impostos e de outras pessoas de má fama." Mas aqueles que aceitam a sabedoria de Deus mostram que ela é verdadeira.

Leitura Orante
Reúno-me a todas as pessoas que se encontram em torno da Palavra na internet:
- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco,
aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar
e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente na Bíblia o texto: Lc 7,31-35, e observo as palavras de Jesus.

Jesus usa uma comparação interessante. Compara as pessoas de má vontade a crianças caprichosas que nunca estão satisfeitas e querem todas as demais pessoas à sua volta, "dançando" e "chorando" conforme elas comandam. Ninguém as agrada. Diz Jesus que a João que jejuava estas pessoas o chamam de possesso. A Ele, que é amigo dos pecadores, e veio para salvá-los, chamam-no de comilão e beberrão. Difícil contentar a quem apenas quer condenar, criticar, distorcer. Sobretudo a quem não admite alguém superior ou igual a si. Para esses, é difícil aceitar Jesus. É difícil aceitar o precursor. É o que Jesus quer dizer, quase em tom de lamento e indignação.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto me diz no momento?
Minha vida reflete o que o texto diz ou há contradições? Os bispos, em Aparecida, falaram de mudança de época, contradições:
"Vivemos uma mudança de época, e seu nível mais profundo é o cultural. Dissolve-se a concepção integral do ser humano, sua relação com o mundo e com Deus; "aqui está precisamente o grande erro das tendências dominantes do último século... Quem exclui Deus de seu horizonte, falsifica o conceito da realidade e só pode terminar em caminhos equivocados e com receitas destrutivas. Surge hoje, com grande força, uma supervalorização da subjetividade individual. Independentemente de sua forma, a liberdade e a dignidade da pessoa são reconhecidas. O individualismo enfraquece os vínculos comunitários e propõe uma radical transformação do tempo e do espaço, dando papel primordial à imaginação. Os fenômenos sociais, econômicos e tecnológicos estão na base da profunda vivência do tempo, o qual se concebe fixado no próprio presente, trazendo concepções de inconsistência e instabilidade. Deixa-se de lado a preo¬cupação pelo bem comum para dar lugar à realização imediata dos desejos dos indivíduos, à criação de novos e muitas vezes arbitrários direitos individuais, aos problemas da sexualidade, da família, das enfermidades e da morte." (DAp 44).

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo com o bem-aventurado Alberione:
Jesus Mestre, disseste que a vida eterna consiste
em conhecer a ti e ao Pai.
Derrama sobre nós, a abundância
do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento,
porque és o único caminho para o Pai.
Faze-nos crescer no teu amor,
para que sejamos, como o apóstolo Paulo
testemunhas vivas do teu Evangelho.
Com Maria,
Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos,
guardaremos tua Palavra,
meditando-a no coração.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus.
Vou eliminar do meu modo de pensar e agir aquilo que não vem de Deus,
que não é conforme o Projeto de Jesus Mestre. Escolho uma frase ou palavra para memorizar.
Vou repeti-la durante o dia. Esta Palavra vai, aos poucos, fazendo parte da minha vida.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Setembro - Mês da Bíblia 2012
O tema é: Discípulos Missionários a partir do Evangelho de Marcos
e o lema é: Coragem! Levanta-te! Ele te chama!
Saiba mais acessando:
http://comunicacatequese.blogspot.com.br/




Irmã Patrícia Silva, fsp

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A pergunta

Como devemos entender a vida cristã? Uns falam da prática do bem, outros de evitar o mal. Onde estão os fundamentos?

De fato há muita dificuldade de entender onde se localiza a vida cristã. Já nascemos dentro de uma comunidade cristã, muito definida, com uma tradição que é passada naturalmente. Há vantagens, mas alguns noções essenciais acabam por ser prejudicados ou pelo esquecimento, ou porque nos envolvemos com outros dados e obscurecemos partes importantes da Palavra de Deus. Um destes perigos se referem justamente aos fundamentos da vida cristã.

No evangelho do domingo passado (Lucas 12,13-21), Jesus fala do perigo das riquezas. E explica que o perigo é ajuntar tesouros para si e não ser rico diante de Deus. Falamos do perigo e não apresentamos a solução fundamental da vida cristã que é ser rico para Deus. Não queremos com isso criar uma mentalidade consumista da vida cristã: vou fazer coisas boas, amontoar rezas, orações e atividades e assim estou bem. Certo que devemos fazer isso também, mas o fundamento está naquela grande riqueza que diz a segunda leitura: (Col 3,3): “Vossa vida está escondida com Cristo em Deus”. O fundamento da vida cristã é estarmos em Deus. Nisto está a riqueza que devemos fazer crescer em tudo o que fizermos. Assim o bem que fazemos não é amontoar produtos espirituais, mas estar ligado à fonte da vida porque estamos unidos à seiva de vida que é Cristo escondido em Deus.

Aqui temos que mudar muito nosso modo de conceber a vida cristã. Há muita leviandade em se compreender a vida cristã: ou nos satisfazemos com três ou quatro quireras, ou comprendemos esta vida a partir do lado negativo, isto é do pecado, do mal e do tentador. A leviandade é não se importar com o profundo da vida espiritual. O negativo é só pensar no pecado, no demônio e em sua ação em nós.

Temos que fugir dos dois males. E o modo de superar estes perigos é o conhecimento de quem somos nós: pela encarnação e redenção, estamos “misturados” com Deus. Mesmo que eu esteja fora Dele, Ele está dentro em mim. A vida deve ser a partir dele. Daí surge a necessidade de procurar as coisas boas que Deus realiza em mim. E estas logicamente são um tesouro imenso. À medida em que vou me abrindo à esta vida de Deus em mim minhas ações tomam sentido e o mal que há em mim se dilui automaticamente. Cura-se uma planta murcha com a água viva.

Pe. Luiz Carlos de Oliveira, C.Ss.R.


Salmo (Salmos 44) Quarta-Feira, 12 de Setembro de 2012

— Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto!

— Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: “Esquecei vosso povo e a casa paterna! Que o Rei se encante com vossa beleza! Prestai-lhe homenagem: é vosso Senhor!

— Majestosa, a princesa real vem chegando, vestida de ricos brocados de ouro. Em vestes vistosas ao Rei se dirige, e as virgens amigas lhe formam cortejo.

— Entre cantos de festa e com grande alegria, ingressam, então, no palácio real”. Deixareis vossos pais, mas tereis muitos filhos; fareis deles soberanos da terra.

Quem espera no Senhor se torna um bem-aventurado

Estamos em cima da montanha. Jesus escolhe os seus apóstolos e lhes apresenta o seu programa de ação, anunciando ao povo o Seu conteúdo: “Felizes são vocês, os pobres, pois o Reino de Deus é de vocês. Felizes são vocês que agora têm fome, pois vão ter fartura. Felizes são vocês que agora choram, pois vão rir…” Estas palavras foram vida e missão para os apóstolos. São e o serão para todos os cristãos de hoje e de amanhã. É nossa missão tornar a sociedade antiga justa e digna, arrancando de seu meio – pela força do Evangelho – a miséria, a injustiça, a fome.

O cristão deve sentir e encontrar alegria nas perseguições pelo amor à verdade e à justiça do Reino, pois será grande, no céu, a sua recompensa. A promessa é do próprio Jesus: “Felizes são vocês quando os odiarem, rejeitarem, insultarem e disserem que vocês são maus por serem seguidores do Filho do Homem. Fiquem felizes e muito alegres quando isso acontecer, pois uma grande recompensa está guardada no céu para vocês”.

Jesus se dirige, com frequência, à multidão para advertir sobre o que está por vir. No texto deste Evangelho, reflete-se este tipo de comunicação com nitidez. Como Mateus, Lucas nos apresenta uma nova versão das bem-aventuranças: “Felizes vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus!”

Digo “nova versão” por causa de algumas ligeiras diferenças quanto à ordem das colocações. Se Mateus faz da proclamação das bem-aventuranças um bloco homogêneo de oito declarações positivas, Lucas nos apresenta dois blocos: um de quatro bem-aventuranças e outro bloco com outras tantas declarações de infelicidade, imprecações: “Mas ai de vocês que agora são ricos, pois já tiveram a sua vida boa”.

Podemos dizer que se trata de blocos opostos: aos pobres opõem-se aos ricos; aos que têm fome contrapõem-se aos que estão fartos. Além disso, o texto dá grande relevo à anáfora e ao paralelismo.

O paradoxo é bastante comum em Lucas e indica uma orientação importante do terceiro Evangelho: o radicalismo da força transformadora da sua mensagem. Há muita coisa desconcertante, inesperada neste Evangelho.

“Felizes vós, que agora tendes fome, porque sereis saciados!” Saciados por quem? Saciado por Jesus, a verdadeira comida e bebida. Aquele que nos abre para os novos tempos e, por isso, nos faz firmes e fortes nesta espera. Quem espera no Senhor – e não vacila nos momentos de amargura – torna-se um bem-aventurado.


Padre Bantu Mendonça

As dores de um segredo

Dos segredinhos de crianças a outros de adultos, todos têm algo em comum: O temor de ser descoberto!

No começo de um relacionamento, é bem comum, entre uma conversa e outra, os namorados quererem saber da história daquela pessoa com quem se relaciona. Nessa pesquisa, estarão os interesses sobre os acontecimentos do antigo relacionamento da(o) namorada(o) entre outras coisas. Mesmo que não seja verbalizado, estabelecemos um pacto de fidelidade com a verdade, a fim de que nada possa ser motivo para a desconfiança.

Contudo, no relacionamento, no qual sempre buscamos o crescimento mútuo, pode acontecer que surjam vestígios de uma desconfiança a respeito de alguma coisa que o nosso(a) companheiro(a) esteja escondendo e que deveria ser compartilhado.

Dos “segredinhos” de crianças a outros de adultos, todos têm algo em comum: o temor de serem descobertos! Na maioria das vezes, as pessoas acham que têm o controle sobre aquilo que ocultam.

Muitas coisas poderiam ser os motivos de alguém se envolver numa realidade paralela, contrária àquela que se vive dentro do seu próprio relacionamento. Desde uma história do passado até algumas atitudes que poderiam ser considerada como um desvio de conduta.

Há quem viva preso aos vícios, outros às suas tendências ou às suas fragilidades humanas. Outras pessoas poderiam querer ocultar aqueles atos que violariam o pacto de fidelidade firmado na verdade entre os casais, mas, de maneira geral, a pessoa que traz o segredo acredita que poderá reverter a situação na qual se envolveu. Na tentativa de proteger quem se ama com coisas, as quais considera desnecessárias, a pessoa traz consigo os incômodos daquilo que guarda secretamente no coração.

Por outro lado, o outro sob a suspeita que algo esteja sendo omitido, sente-se no direito de saber da realidade que envolve os motivos de alguém guardar somente para si a verdade de seus segredos. Nessa ocasião, certamente a tensão entre eles poderá se tornar intensa, pois aquele que traz o segredo poderá se sentir temeroso pelas consequências que se desencadeará com a revelação da verdade.

Se os fatos são comprometedores ou não, pode ter chegado o momento que vai exigir a abertura dos velhos baús, e aquilo que era protegido de tudo e de todos vem à tona. Independentemente da gravidade da situação, o estresse da conversa facilmente poderá confundir nossas atitudes sobre o que devemos fazer de posse da verdade. Diante dos argumentos e da situação gerada, culpas e acusações são trocadas.

Certamente, o cônjuge indagará sobre os motivos pelos quais ele/ela não contou sobre o que estava acontecendo. O sentimento de traição faz com que muitos casais acabem acreditando que já é tarde demais para convencer o outro a assumir um novo posicionamento ou em outros casos, de viver a retomada do relacionamento na mesma confiança.

Sem minimizar os efeitos negativos causados pela situação, precisamos decidir sobre a nossa nova postura diante do ocorrido. Entendemos que a pessoa que tem maiores condições de ajudar é aquela que está ao nosso lado. Talvez, o primeiro passo para superar as dores e os problemas causados pela revelação da verdade é permitir que o cônjuge resolva aquilo que, por muito tempo, estava tentando fazer por si, no compromisso de desvincilhar-se das cadeias dos segredos.

A confiança poderá ser restaurada se ambos, agora, sob a luz da verdade e do conhecimento sobre os motivos que levaram a pessoa a enveredar por seus caminhos secretos, assumirem uma nova atitude capaz de extirpar aquilo que divide o essencial dos nossos relacionamentos.

Leia também: A chave do passado

Um abraço,

Dado Moura
http://dadomoura.com/

Novos céus e terra nova...

Novos céus e terra nova...
Ainda será possível tal novidade,
no final de um novo milênio,
se o ser humano parece ter perdido a capacidade de sonhar,
de olhar para o alto e de acreditar no Outro?

Na alma de todo homem e de toda mulher, campo fértil onde o criador semeia o céu, habita há séculos a novidade que todo povo, geração, raça, cultura ou sabedoria procura desde sempre.

Filhos do homem somos, a novidade da criação.
Somos a diferença que ama e convite com os oceanos,
as baleias, as árvores e os rios,
as flores e o ser humano...

Olhar para o alto significará "sair" de dentro de si até perder de vista a terra, brincar de esconder como o menino com a lua, sem medo do lume das estrelas, que desenham no firmamento de nossa história
uma eterna constelação de amor: o ser humano, sonho e terra do Deus da vida.

Louvar a tolerância é aceitar sair do próprio universo, para partir, como um navegador, em busca de mundos e céus novos e desconhecidos; como um apóstolo, anunciar que somente do outro despontará a fraternidade.

A você, criatura humana, tão igual e diferente, desejo boa viagem na "nova" vida, que o sonho torna-se, assim, real e possível nessa sua terra.


Pe. Rui da Silva Pedro
Do livro: Elogio da Tolerância - Paulinas

Santo do dia 12 de setembro São Guido de Anderlecht

Guido de Anderlecht viveu entre os séculos X e XI, tendo nascido em Brabante, Bélgica. Desde a infância, já demonstrava seu desapego pelos bens terrenos, tanto que, na juventude, distribuiu aos pobres tudo o que possuía e ganhava. Na ânsia de viver uma vida ascética, Guido abandonou a casa dos pais, que eram bondosos cristãos camponeses, e foi ser sacristão do vigário de Laken, perto de Bruxelas, pois assim poderia ser mais útil às pessoas carentes e também dedicar-se às orações e à penitência.

Quando ficou órfão, decidiu ser comerciante, pois teria mais recursos para auxiliar e socorrer os pobres e doentes. Mas seu navio repleto de mercadorias afundou nas águas do Sena. Então, o comerciante Guido teve a certeza de que tinha escolhido o caminho errado. De modo que se convenceu do equívoco cometido ao abandonar sua vocação religiosa para trabalhar no comércio, mesmo que sua intenção fosse apenas ajudar os mais necessitados.

Sendo assim, Guido deixou a vida de comerciante, vestiu o hábito de peregrino e pôs-se novamente no caminho da religiosidade, da peregrinação e assistência aos pobres e doentes. Percorreu durante sete anos as inseguras e longas estradas da Europa para visitar os maiores santuários da cristandade.

Depois da longa peregrinação, que incluiu a Terra Santa, Guido voltou para o seu país de origem, já fraco e cansado. Ficou hospedado na casa de um sacerdote na cidade de Anderlecht, perto de Bruxelas, de onde herdou o sobrenome. Pouco tempo depois, morreu, com fama de santidade. Foi sepultado naquela cidade e sua sepultura tornou-se um pólo de peregrinação. Assim, com o passar do tempo, foi erguida uma igreja dedicada a ele, para guardar suas relíquias.

Ao longo dos séculos, a devoção a são Guido de Anderlecht cresceu, principalmente entre os sacristãos, trabalhadores da lavoura, camponeses e cocheiros. Aliás, ele é tido como protetor das cocheiras, em especial dos cavalos. Diz a tradição que Guido não resistiu a uma infecção que lhe provocou forte desarranjo intestinal, muito comum naquela época pelos poucos recursos de saneamento e higiene das cidades. Seu nome até hoje é invocado pelos fiéis para a cura desse mal.

A sua festa litúrgica, tradicionalmente celebrada no dia 12 de setembro, traz uma carga de devoção popular muito intensa. Na cidade de Anderlecht, ela é precedida por uma procissão e finalizada com uma benção especial, concedida aos cavalos e seus cavaleiros.

Comentário do Evangelho do Dia: 12/09/2012

As bem-aventuranças


Lucas, como Mateus, apresenta Jesus proclamando as bem-aventuranças na fase inicial do seu ministério, na Galileia, seguindo-se uma série de sentenças instrutivas sobre as práticas essenciais do Reino, a serem assumidas pelos discípulos. As bem-aventuranças são um estado particular de felicidade decorrente da comunhão com Deus, que por elas se alcança. Jesus revela que Deus vem ao encontro daqueles que são pobres, que passam fome, que estão chorando e que são vítimas das perseguições dos poderosos que rejeitam a libertação e a vida que Jesus veio comunicar a todos. Às quatro bem-aventuranças se contrapõe a advertência dos quatro "ais" dirigidos aos ambiciosos da riqueza, que na acumulação e no luxo espoliam os pobres. Estes estão convidados a aderir às bem-aventuranças, à solidariedade e à partilha, características do mundo novo possível.


José Raimundo Oliva

Evangelho do Dia: 12/09/2012

Felizes são vocês...
Leitura Orante
Lc 6,20-26


Jesus olhou para os seus discípulos e disse:
- Felizes são vocês, os pobres, pois o Reino de Deus é de vocês.
- Felizes são vocês que agora têm fome, pois vão ter fartura.
- Felizes são vocês que agora choram, pois vão rir.
- Felizes são vocês quando os odiarem, rejeitarem, insultarem e disserem que vocês são maus por serem seguidores do Filho do Homem. Fiquem felizes e muito alegres quando isso acontecer, pois uma grande recompensa está guardada no céu para vocês. Pois os antepassados dessas pessoas fizeram essas mesmas coisas com os profetas.
- Mas ai de vocês que agora são ricos, pois já tiveram a sua vida boa.
- Ai de vocês que agora têm tudo, pois vão passar fome.
- Ai de vocês que agora estão rindo, pois vão chorar e se lamentar.
- Ai de vocês quando todos os elogiarem, pois os antepassados dessas pessoas também elogiaram os falsos profetas.


Leitura Orante

- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco,
aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar
e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1. Leitura (Verdade)


O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Lc 6,20-26, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Este é um solene discurso de Jesus que abre um discurso maior. É como um eco daquele primeiro na sinagoga de Nazaré. Também Lucas fala da "boa nova" para os pobres: o Reino de Deus, a sua justiça para os pobres, os famintos, os que sofrem e que são rejeitados. Para compreender o texto do Evangelho de hoje, precisamos nos perguntar: Qual a finalidade das bem-aventuranças? Quem são os pobres e os ricos? O que é o Reino de Deus? As bem-aventuranças , aqui expressas na palavra "felizes" é um estilo literário da Bíblia, usado pelos sábios e profetas para anunciar a alegria que relaciona o presente com uma promessa futura. Os destinatários destas promessas são os pobres, ditos também os "anawim", ou seja, aqueles que dependem dos outros, privados de segurança material e social: os famintos, aflitos, oprimidos. Neste anúncio Jesus não está dizendo que os pobres são felizes pela sua condição carente, mas porque Deus toma a defesa do pobre. Também não é porque o pobre é melhor do que o rico, mas porque Deus é justo, misericordioso e Pai que "faz nascer o sol sobre justos e injustos". Na verdade as bem-aventuranças de Jesus não significam que ele ratifica, abençoa a situação dos pobres, famintos, aflitos. Isto seria a consagração da injustiça, das diferenças e da prepotência humana,que na verdade, são denunciadas nos "ai de vós". Nesta narrativa de Lucas, as bem-aventuranças são dirigidas aos discípulos que pelo Reino partilham a condição dos pobres e da rejeição: "felizes são vocês quando os odiarem, rejeitarem, insultarem e disserem que vocês são maus por serem seguidores do Filho do Homem".

2. Meditação (Caminho)


O que o texto diz para mim, hoje? Qual palavra mais me toca o coração?
Entro em diálogo com o texto. Reflito e atualizo.
Recordo as palavras dos nossos pastores, em Aparecida, palavras que repercutem as de Jesus: "No fiel cumprimento de sua vocação batismal, o discípulo deve levar em consideração os desafios que o mundo de hoje apresenta à Igreja de Jesus, entre outros: (...) a mudança de paradigmas culturais; o fenômeno da globalização e a secularização; os graves problemas de violência, pobreza e injustiça; a crescente cultura da morte que afeta a vida em todas as suas formas."(DAp 185)
Como enfrento estes e outros desafios?
O meu Projeto de vida é o do Mestre Jesus Cristo?

3.Oração (Vida)


O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo com o bem-aventurado Alberione:
Jesus Mestre, disseste que a vida eterna consiste em conhecer a ti e ao Pai.
Derrama sobre nós, a abundância do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento, porque és o único caminho para o Pai.
Faze-nos crescer no teu amor, para que sejamos, como o apóstolo Paulo
testemunhas vivas do teu Evangelho.
Com Maria, Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos, guardaremos tua Palavra, meditando-a no coração.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.

4.Contemplação (Vida e Missão)


Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus.
Escolho uma frase ou palavra para memorizar. Vou lembrá-la durante o dia. Esta Palavra vai fazendo parte da minha vida, da minha mente, como a chuva

Setembro - mês da Bíblia 2012
O tema é: Discípulos Missionários a partir do Evangelho de Marcos
e o lema é: Coragem! Levanta-te! Ele te chama!



Irmã Patrícia Silva, fsp

terça-feira, 11 de setembro de 2012

O verdadeiro

Salmo (Salmos 149) Terça-Feira, 11 de Setembro de 2012

— O Senhor ama seu povo de verdade.

— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, e o seu louvor na assembleia dos fiéis! Alegre-se Israel em quem o fez, e Sião se rejubile no seu Rei!

— Com danças glorifiquem o seu nome, toquem harpa e tambor em sua honra! Porque, de fato, o Senhor ama seu povo e coroa com vitória os seus humildes.

— Exultem os fiéis por sua glória, e cantando se levantem de seus leitos, com louvores do Senhor em sua boca. Eis a glória para todos os seus santos.

Qual é o seu plano hoje?

Sempre que Jesus se isolava para rezar, é porque havia algo de extrema importância por fazer. Dessa vez, foi a escolha dos doze apóstolos. Apesar d’Ele ter o raciocínio rápido demais para dar as respostas mais sensatas, na hora de tomar decisões importantes Ele passava a noite inteira em reflexão, em oração.

Traçando um plano de vida e querendo cumpri-lo sem dar margem a erros, no Evangelho de hoje, Jesus vai ao monte e passa a noite inteira lá. “Monte”, aqui, significa intimidade profunda com Deus, pois Ele veio não para fazer a Sua vontade, mas a do Pai que O enviou.

Então, essa deve ser a primeira lição de hoje para nós: buscar uma meta, um objetivo de vida e traçar um plano para alcançá-lo. Mas tenhamos também a certeza de que, sozinhos não conseguiremos nada. Eu lhe pergunto: “Qual é o seu plano hoje?” O plano de Jesus foi difundir o Evangelho para toda a humanidade. O nosso não precisa ser tão pretensioso, mas é preciso que cada um saiba para onde vai, o que vai fazer lá e o porquê?

Outro ponto importante é que Jesus, sendo um líder servidor, com certeza acompanhava, um por um, dos Seus doze apóstolos e amigos. Devia conhecer a intimidade de cada um, seus anseios, suas preocupações, suas dúvidas, seus amores e, no decorrer dos três anos, deve ter feito um profundo processo de cura e transformação nesses doze homens para que eles soubessem como deveriam ser com os seus próprios seguidores quando chegasse a vez deles.

Jesus sabia que estava formando os doze não para Ele próprio, mas para o mundo, como um verdadeiro Pai que escuta, acolhe, compreende, perdoa e dá forças e meios para o filho superar as dificuldades, principalmente as próprias limitações.

Como seria bom se tivéssemos mais líderes, mais padres, mais coordenadores, mais pais que se sentissem responsáveis pelos seus como Jesus!

Por fim, a força que saía d’Ele curava a todos. Na linguagem de hoje, poderíamos dizer que Jesus era uma pessoa que tinha presença.

Ele é a Luz, por isso atrai a todos. Sua postura é sempre impecável. Mesmo lidando com doenças e demônios, Jesus conservava uma atitude positiva, conservando em tudo a firmeza de ânimo.

Assim como Ele, nós devemos praticar a mesma firmeza de ânimo, a fim de traçar um projeto de vida, sermos determinados e tocar para frente, contando sempre com a ajuda dos outros, pois “uma mão lava a outra” e as duas ficam limpas. Cristo, ao escolher os Seus discípulos, não faz outra coisa senão lhes confiar também a responsabilidade e os envia em missão para onde Ele mesmo deveria ir.

Precisamos ter atitudes positivas no nosso dia a dia. Uma atitude positiva mesmo frente aos problemas da vida. Isto nos fará superar todas as dificuldades.

Padre Bantu Mendonça

Casas ao Sol

Certa vez ouvi alguém dizer que o ser humano poderia ser comparado a uma casa. Então me vi a imaginar essa "morada" que é cada um de nós...

Pensei em uma casa com alicerce, vários cômodos - alguns mais abertos para as pessoas, outros mais íntimos e reservados - e até mesmo com um porão. Casa com janelas que podem abrir-se ou fechar-se,
revelando ou escondendo o que há dentro.
Casa com portas que permitem ou impedem a passagem.

Casa construída sobre terreno que não é comprado nem escolhido, mas herdado.
Às vezes é terreno plano, amplo, com boa água e bonita vista.Às vezes é íngreme, cheio de pedras, isolado, pequeno. Mas é o nosso terreno, é ali que precisamos fazer morada.

Vamos construindo aos poucos, durante a vida inteira: um tijolo aqui, um remendo ali, uma parede a mais, uma varanda a menos,
um terraço que dá para o céu...

Queremos sempre os mais belos materiais.
Pode ocorrer, porém, só termos papelão e zinco, não as "pedrinhas de brilhante"
que tínhamos desejado...

Vamos cimentando certezas, mas às vezes precisamos equilibrar-nos sobre escadas ainda inseguras. Cultivamos com cuidado, anos a fio, um jardim de sonhos e alegrias.
De repente vem a tempestade, que, de nossas flores, deixa só pétalas no chão...

De dentro da nossa morada, observamos os que passam. Alguns nem olham e seguem em frente, outros entram e mexem em tudo. Uns, ainda, fazem dali verdadeiro lar... Todas essas visitas, as passageiras e as definitivas, vão deixando suas marcas na casa: um risco na parede, um lindo enfeite, um cigarro apagado, uma grande reforma...

E assim vamos nos fazendo: belas ou bizarras, amplas ou acanhadas,
arejadas ou cheias de mofo, abertas ou fechadas, acolhedoras ou inóspitas:
misteriosas casas humanas...

Sim, misteriosas: porque a morada humana pode abrigar muitos segredos!
Tesouros secretos... Quinquilharias inúteis... Coisas estragadas, perdidas, que precisam ser jogadas fora: até mesmo rosas vermelhas, que antes enfeitavam a sala, e agora, já murchas, apodrecem nos vasos...

Pode haver riquezas inesperadas, álbuns de recordação, troféus e medalhas das competições de infância...
Venenos podem estar se espalhando e contaminando todo o ambiente.
Talvez haja antigas coleções de figurinhas, cartas do primeiro amor...

Lembranças... esperanças... frustações... sonhos...


Tânia Resende

Referência: Casas ao sol

Os oceanos são feitos de gotas d'água

Todos aqueles e aquelas que tentam viver uma vida coerente e nova, como a aurora de cada dia, alegrem-se com o que de novo tem feito e ainda sempre fará o Deus da novidade.

Ele nos garante um novo Céu e uma Terra nova: A Terra Prometida sob a palavra de sua aliança e registrada nas Bem-Aventuranças de seu filho Jesus, nosso irmão.

Cantemos a esse Deus vivo a canção invencível da esperança, mesmo na noite neoliberal. É de noite que Abraão pode enxergar as estrelas da promessa.

Bailemos a dança da igualdade e da partilha contra os altos muros do lucro e da exclusão. As muralhas da Jericó do Capital cairão sob as trombetas dos pobres organizados.

Sentemo-nos, em roda ecumênica, na relva humilde da liberdade, orvalhada pelo suor camponês, operário e biscateiro e batizada pelo sangue de tantas testemunhas.

No campo na mata, no cerado e na caatinga, nos lagos e nos rios, violados pelo arame fapado do latifúndio, pelos agrotóxicos assassinos, pelo maquinário das madeireiras e mineradoras e pleos projetos faraônicos das monoculturas, das barragens, das hidrovias, das hidrelétricas, sejamos "o novo": o antigo jeito novo de zelar da Terra como de uma esposa-mãe.

Salvemos dos transgênicos e de toda manipulação suicidas a biodiversidade. Agasalhemos a vida e o cosmo como se agasalham, nos ninhos, as asas do futuro. Na cidade que amontoa as pessoas no anonimato, nas pressas e na violência, sejamos o shalom da nova Jerusalém, o resplendor, sem luzes falsas, da cidade do Cordeiro, a festa das bodas do Deus Amor com a humanidade noiva.

Contamos com Aquele que é eterno e justo. A terra está cheia do seu amor! Ele, no seu Dia, na hora que vem vindo do seu Reino, desbarata, pelas mãos dos pobres, os projetos dos grandes, os devoradores fundos monetários, as alcas prepotentes da dominação, os planos militares e geopolíticos, enroupados com desculpas antinarco, o verdadeiro terror estrutural dos estados, do império, do sistema.

Os grandes são diante dEle erva que murcha num dia. Não há grandes para Ele, que é Pai goel dos homens humildes e das mulheres humilhadas. Ele convoca toda a humanidade numa só família: de todas as raças, de todas as culturas, de todas as religiões. Porque Ele Deus único, de todos os nomes, seio de saída e seio de retorno para toda a sua filha, a humanidade una.

Contemos também com todos os irmãos e irmãs, que sentem a mesma dor e assumem a mesma luta e cultivam o mesmo sonho. Os povos indígenas e negros, raízes do nosso Povo, as massas revoltadas da cidade, os sem-comida, os sem-teto, os sem-terra, os sem-água, os sem-trabalho e sem-direitos, os sem-saúde e sem-segurança.

Todos os excluídos e excluídas pelo império do capital, que são os incluídos e incluídas no Reino. As tribos jovens de Seattle, de Gênova, de Porto Aelgre. Os patriarcas e matriarcas da profecia teimosa, que ainda têm visões de amanhecida nas sábias testas queimadas pela fidelidade. Todos os solidários e solidárias do Norte e do Sul, que têm apagado de seus olhos as fronteiras da segregação e as leis de estrangeiria.

Romeiros e romeiras da Utopia maior, vamos para um outro mundo, possível e necessário, para a Terra sem males, da economia da reciprocidade, para a Shekiná do acampamento de Deus, para a Casa solarenga da Vida plena.


Pedro Casaldáliga
do livro: Orações da caminhada - Verus

Santo do dia 11 de setembro São João Gabriel Perboyre

João Gabriel Perboyre nasceu em 5 de janeiro de 1802, em Mongesty, na diocese de Cahors, França, numa família de agricultores, numerosa e profundamente cristã. Foi o primeiro dos oito filhos do casal, sendo educado para seguir a profissão do pai.

Mas o menino era muito piedoso, demonstrando desde a infância sua vocação religiosa. Assim, aos quatorze anos, junto com dois de seus irmãos, Luís e Tiago, decidiu seguir o exemplo do seu tio Jacques Perboyre, que era sacerdote. Ingressou na Congregação da missão fundada por são Vicente de Paulo para tornar-se um padre vicentino ou lazarista, como também são chamados os sacerdotes desta Ordem. Depois, também, duas de suas irmãs ingressaram na Congregação das Filhas da Caridade. Uma outra irmã, logo após entrar para as carmelitas, adoeceu e morreu.

João Gabriel recebeu a ordenação sacerdotal em 1826. Ficou alguns anos em Paris, como professor e diretor nos seminários vicentinos. Porém seu desejo era ser um missionário na China, onde os vicentinos atuavam e onde, recentemente, padre Clet fora martirizado.

Em 1832, seu irmão, padre Luís, foi designado para lá. Mas ele morreu em pleno mar, antes de chegar às Missões na China. Foi assim que João Gabriel pediu para substituí-lo. Foi atendido e, três anos depois, em 1835, estava em Macau, deixando assim registrado: "Eis-me aqui. Bendito o Senhor que me guiou e trouxe". Na Missão, aprendeu a disfarçar-se de chinês, porque a presença de estrangeiros era proibida por lei. Estudou o idioma e os costumes e seguiu para ser missionário nas dioceses Ho-Nan e Hou-Pé.

Entretanto foi denunciado e preso na perseguição de 1839. Permaneceu um ano no cativeiro, sofrendo torturas cruéis, até ser amarrado a uma cruz e estrangulado, no dia 11 de setembro de 1840.

Beatificado em 1889, João Gabriel Perboyre foi proclamado santo pelo papa João Paulo II em 1996. Festejado no dia de sua morte, tornou-se o primeiro missionário da China a ser declarado santo pela Igreja.

Comentário do Evangelho do Dia: 11/09/2012

A oração ilumina a ação missionária

A tradição das comunidades cristãs oriundas do judaísmo guardava uma lista de doze nomes aos quais se atribuía a liderança da Igreja. Os evangelistas sinóticos inserem esta lista em seus textos. Lucas apresenta a escolha dos doze após uma noite de oração de Jesus. É característico de Lucas, devoto da oração de Jesus, o empenho em registrar estes momentos de intimidade entre Jesus e o Pai, ao longo de seu ministério. A oração ilumina e fortalece a ação missionária.

Após a noite de oração na montanha é necessário descer para ir ao encontro das multidões que anseiam por Jesus, em busca de libertação e vida. Eles vêm da Judeia e das regiões gentílicas vizinhas da Galileia. Jesus os acolhe, sem discriminações. Com suas palavras e sua prática, Jesus eleva os abatidos.

José Raimundo Oliva

Evangelho do Dia: 11/09/2012

Escolha dos doze apóstolos
Leitura Orante
Lc 6,12-19


Naquela ocasião Jesus subiu um monte para orar e passou a noite orando a Deus. Quando amanheceu, chamou os seus discípulos e escolheu doze deles. E deu o nome de apóstolos a estes doze: Simão, em quem pôs o nome de Pedro, e o seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu; Simão, o nacionalista; Judas, filho de Tiago; e Judas Iscariotes, que foi o traidor.


Leitura Orante

Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco,
aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar
e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1. Leitura (Verdade)


O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na minha Bíblia, o texto: Lc 6,12-19 e observo pessoas e as atitudes de Jesus.
Lucas registra a oração de Jesus durante toda a noite. Afasta-se da multidão e dos opositores hostis, subindo à montanha para a oração. De manhã, chama seus discípulos escolhendo entre eles doze a quem chamou apóstolos. Jesus não chamou para seu grupo os mais preparados do seu tempo, mas, os mais disponíveis. Chamou simples pescadores - Pedro, André, Tiago, João. Chamou o cobrador de impostos. Chamou gente simples. Não significa que discriminou. Apenas, significa que o coração mais simples está livre de muitas preocupações e têm espaço para acolher. E os chamados receberam a missão de enviados - "apóstolos" - para anunciar o Reino, expulsar os espíritos maus e curar todas as doenças, uma missão de libertar as pessoas de todos os males.

2. Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje?
O meu Projeto de vida é o do Mestre Jesus Cristo? Pelo Batismo recebi a missão de discípulo e de missionário de Jesus. Os bispos da América Latina disseram em Aparecida: "Para não cair na armadilha de nos fechar em nós mesmos, devemos nos formar como discípulos missionários sem fronteiras, dispostos a ir "à outra margem", àquela na qual Cristo não é ainda reconhecido como Deus e Senhor, e a Igreja não está presente". (DAp 376).
Cristo me chama também pelo nome. Como é a minha disponibilidade?

3.Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo:
Jesus Mestre, disseste que a vida eterna consiste
em conhecer a ti e ao Pai.
Derrama sobre nós, a abundância
do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento,
porque és o único caminho para o Pai.
Faze-nos crescer no teu amor,
para que sejamos, como o apóstolo Paulo
testemunhas vivas do teu Evangelho.
Com Maria,
Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos,
guardaremos tua Palavra,
meditando-a no coração.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.
(Bem-aventurado Alberione)

4. Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou demonstrar pela vida que caminho com Jesus Mestre para anunciar onde vivo, trabalho, estudo; por onde passo deixo os sinais da proposta de Jesus Cristo.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Setembro - mês da Bíblia 2012O
tema é: Discípulos Missionários a partir do Evangelho de Marcos
e o lema é: Coragem! Levanta-te! Ele te chama!


Irmã Patrícia Silva, fsp

sábado, 1 de setembro de 2012

Comentário ao Evangelho do dia 01.09.2012

Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho de Mateus, nº 78, 2-3; PG 58, 713-714
Fazer frutificar os dons recebidos

A parábola dos talentos diz respeito a todos os homens que, em lugar de ajudarem os seus irmãos com os seus bens, os seus conselhos e outros meios, só vivem para si próprios. [...] Nesta parábola, Jesus quer revelar-nos a enorme paciência de Nosso Senhor, mas, quanto a mim, penso que também faz alusão à ressurreição geral. [...] Antes de mais, os servos que prestam contas da sua gestão reconhecem, sem hesitações, o que era dom do seu senhor e o que era fruto da sua gestão. O primeiro diz: «Senhor, confiaste-me cinco talentos» e o segundo: «Senhor, confiaste-me dois talentos»; reconhecem assim que foi graças à bondade do seu senhor que obtiveram o capital que puseram a render em seu proveito. O seu reconhecimento vai ao ponto de atribuírem todo o mérito e toda a glória do seu sucesso à confiança do seu senhor. E que responde o senhor? «Muito bem, servo bom e fiel.» E não é realmente ser bom aplicar-se a fazer o bem aos seus irmãos? [...] «Entra no gozo do teu senhor»: trata-se da bem-aventurança da vida eterna.


Mas não foi assim com o mau servo. [...] Qual foi, pois, a resposta do senhor? «Servo mau e preguiçoso! [...] Devias ter levado o meu dinheiro aos banqueiros» quer dizer, devias ter falado, exortado, aconselhado os teus irmãos. Mas, replica talvez o servo, as pessoas poderiam não me escutar. Ao que o senhor responde: Isso não te diz respeito. [...] Podias, pelo menos ter depositado esse dinheiro para que eu o recebesse com juros quando regressasse. Esses juros designam as boas obras que procedem da escuta da Palavra que devemos anunciar. Devias ter feito a parte mais fácil do trabalho, deixando a mais difícil a meu cargo. [...] Que significa isto? Aquele que recebeu, a bem dos outros, a graça da palavra e do ensinamento e não fez uso deles verá essa graça ser-lhe tirada. Mas aquele que oferece a graça que recebeu com zelo e sabedoria receberá uma graça ainda mais abundante.